“Radar Veneza – Arquitetos Portugueses na Bienal 1975-2021″, com curadoria de Joaquim Moreno e Alexandra Areia, esteve patente de 8 de maio 2021 a 30 de janeiro 2022 na Casa da Arquitectura – Centro Português de Arquitectura. A mostra propõe uma viagem reflexiva sobre a participação portuguesa na Bienal de Arquitetura de Veneza ao longo de 46 anos, de 1975 até aos nossos dias.
A Direção-Geral das Artes depositou na Casa da Arquitectura o acervo das representações portuguesas na Bienal de Arquitetura de Veneza e é sobre esse acervo que a exposição é trabalhada pelos curadores, Joaquim Moreno e Alexandra Areia, reunindo projetos de alguns dos nomes mais considerados na arquitetura portuguesa. A exposição “Radar Veneza” conta com o catálogo homónimo, com ensaios de Joaquim Moreno, Alexandra Areia e Léa-Catherine Szacka (arquiteta, crítica e especialista na Bienal de Veneza).
Radar Veneza em números
A exposição oferece 78 metros de uma cronologia colaborativa ilustrada e anotada e um conjunto de 24 desenhos levantados. Abrange 10 representações nacionais, cerca de 30 participações individuais e à volta de 10 participações em eventos colaterais. Contando com 120 imagens ilustrativas, permite visualizar 32 entrevistas, divididas por 5 núcleos, com Álvaro Siza Vieira, Ana Neiva, Cláudia Taborda, Delfim Sardo, depA, Didier Fiúza Faustino, Souto de Moura, Filipa César, Francesco Dal Co, Francisco Aires Mateus, Inês Lobo, Inês Moreira, João Nunes, João Onofre, João Pedro Serôdio, Joaquim Moreno, J. António Bandeirinha, José Manuel Fernandes, José Mateus, Julia Albani, Luís Tavares Pereira, Manuel Henriques, Nuno Brandão Costa, Nuno Faria, Nuno Grande + Roberto Cremascoli, Paula Melâneo, Pedro Campos Costa, Pedro Gadanho, Ricardo Jacinto, Rui Furtado, Susana Ventura e Ughetta Molin Fop.
Curadores
Alexandra Areia
Alexandra Areia, Arquiteta, Investigadora integrada do DINÂMIA-CET, ISCTE-IUL, atualmente a trabalhar no projeto de investigação Middle Class Mass Housing (MCMH). Doutorada pelo ISCTE-IUL em 2019, com uma tese sobre a comunicação da arquitetura através de suportes fílmicos (analisando o caso específico de Manuel Graça Dias e o seu programa de televisão da RTP nos anos 1990); Mestre pelo programa Metropolis da Universitat Politècnica de Catalunya (UPC) e Centre de Cultura Contemporània de Barcelona (CCCB) em 2007; Estudou na École Nationale Superieure d’Architecture Paris Val-de-Seine (ENSAPVS) em 2002-03; Licenciada em arquitetura pela Universidade do Minho (UM) em 2004. Membro do coletivo Friendly Fire desde 2010, Programadora do Arquiteturas Film Festival em 2014-16, Redatora no Jornal Arquitectos (J-A) em 2016-18. Em 2019, escreveu para Porto Brutalista (Circo de Ideias) e coeditou Um Mapa de Lisboa no Cinema (Dafne Editora e Arquivo Municipal de Lisboa – Videoteca).
Joaquim Moreno
Joaquim Moreno (Luanda, 1973) é licenciado em Arquitetura pela Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (1998); Mestrado (pré-Bolonha) em Arquitetura e Cultura Urbana, Escola Técnica Superior de Arquitetura de Barcelona, Universidade Politécnica da Catalunha (2001); Doutoramento em Arquitetura, Escola de Arquitetura, Universidade de Princeton (2011). Curador independente desde 2002, num trabalho continuado que inclui a exposição “Desenho Projecto de Desenho” (2002), em co-curadoria com Alberto Carneiro, dedicada ao desenho de arquitetura no século XX Português, a representação portuguesa à Bienal de Arquitetura de Veneza em 2008, com o filosofo José Gil, a exposição “Guido Guidi/ Carlo Scarpa: Tomba Brion” no Centro Cultural de Belém (Lisboa, 2014-15) com Paula Pinto e ainda a exposição “The University is Now on Air”, no Centro Canadiano de Arquitetura em Montreal, dedicada ao ensino da Arquitetura Moderna através da Rádio e da Televisão que a Universidade Aberta Inglesa propunha nos anos 70.
É Professor Auxiliar da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto.